Já eram cinco horas da manhã e eu acordei com um barulho de um som tocando funk e forró em frente a minha casa. Não era um pesadelo barato, era a mais pura #caradepau de alguém querendo se #amostrar com aquela batida infernal. Claro que eu não podia deixar #barato para esta pessoa. Levantei-me com muito abuso daquela situação e fui direto ao telefone discar os números mágicos: 190.
"Bom dia, polícia", disse a voz sonolenta. "Bom dia, quero fazer uma reclamação", eu falei com um ar vingativo. "Tem um carro em frente a minha casa (#owmentira) com um som muito alto que não deixa ninguém dormir!". Passei as informações necessárias e fiquei esperando a polícia chegar. Doce ilusão cearense, achando eu que a polícia daqui tinha características semelhantes ao da polícia de Los Angeles (EUA), que chega em dois minutos após a chamada. Fiquei uns 15 minutos ouvindo aquelas músicas e vendo aquelas pessoas que voltavam da festa pela manhã.
Voltei pra cama esculhambando até a milésima geração da pessoa do som e do policial que me atendeu. Não consegui dormir enquanto as músicas iam do forró-eletrônico até Lady Gaga. Só isso pra me fazer rir, Lady Gaga, Bad Romance, lembrei de um amigo. Depois de uns 40 minutos nessa #peleja eis que finalmente o som para. Teria sido a polícia? Acho difícil, depois descobri que o tal dono do som era de uma família de políticos da cidade. Nunca, jamais, a polícia ia ter coragem e peito pra enfrentar este tipo de gente. #Owabuso de festa do interior e de gente que não tem o que fazer e acorda os outros de madrugada, o nome disso é #achapouco.